segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Violência e Mal não são a mesma coisa...



1. ... ao contrário do que se possa pensar, já que vêm de zonas diferentes da realidade terrestre. A violência releva do que se pode chamar a cena geral da gravitação, da força de gravidade que Newton descobriu vendo cair uma maçã: “Porque é que [uma] maçã cai sempre perpendicularmente ao chão, porque não se desloca lateralmente ou para cima, mas constantemente em direcção ao centro da Terra ? É óbvio que a razão é que a maçã é atraída pela Terra. Deve existir uma força de atracção na matéria”, pensou ele, descobriu-lhe a equação e os valores, mas não foi capaz de compreender a razão de ser desta força a distância – ainda hoje não se sabe (Feynman) – que governa o destino dos astros, os constitui em suas órbitas como no sistema solar. O efeito da sua violência é o de dar forma aos sólidos, líquidos e gasosos, o que se pode dizer que ela faz a metamorfose dos inertes, dependente das condições de pressão e temperatura da sua zona. Os sismos, os vulcões, os furacões e outras tempestades são exemplos óbvios desta violência, sem mal no que aos astros diz respeito, só nos vivos que sejam apanhados nela.
2. Com efeito, o mal só se encontra na Terra e não tem necessariamente a ver com a violência, havendo embora violência ligada a ele: um murro é mal para quem o sofre e é violência. Mas onde se encontre vida, no que se pode chamar a cena geral da alimentação, há sempre mal, este é inerente à sua possibilidade nova, a de crescer, alterar-se, deslocar-se, se de animais se trata: além da inércia das rochas e dos mares e dos ares, os vivos definem-se por terem movimento por eles mesmos. Ora, este não pode ser, como em tempos se sonhou, um “motus continuus”, um motor por si só permanente: exige constantemente ser alimentado do exterior, em energia e em substância molecular.
3. O mal não reside apenas no facto de todos os vivos serem mortais (o que não é uma ‘violência’), embora com esperanças de vida muito diferentes, mas também na necessidade de alimentação para adiar a morte. Teremos que dar uma volta pela biologia molecular para entender o escândalo desta, no que aos animais diz respeito. Há mais de 30 anos, deparei-me com esta dificuldade: se todas as moléculas dos vivos têm carbono com a sua dupla ligação, como é que a evolução foi possível, onde foi ela buscá-lo estando sempre a aumentar a sua necessidade? Uma biologista amiga explicou-me: no início da vida, a atmosfera era de CO2, não havia oxigénio (estamos a voltar aì? hoje é o inimigo!) e foi o mecanismo da fotossíntese com algas que foi fornecendo as moléculas de carbono necessárias: ainda hoje as plantas vivem por receberem glicose assim e libertam oxigénio que os animais respiram (donde a importância das florestas, pulmões sociais). O que significa que os herbívoros vão buscar as suas moléculas de carbono às plantas que comem e os carnívoros aos herbívoros: este ciclo biológico do carbono é uma regra estrutural da evolução da vida: no reino animal, comer outros vivos é uma necessidade primeira, eis o mal na sua génese: é a vida que precisa dele e impede que a maioria dos animais morra de ‘morte natural’ mas da violência de serem caçados para alimento de outros. Invertebrados como vertebrados, as astúcias para caçar outros são variadas, dentes e garras, claro, ferrões e venenos e teias de aranha, quantas mais, e nos vertebrados músculos quer para força quer para velocidade, focinho de guerra (o ‘antepassado’ da boca com que falamos e beijamos) e novo córtex cerebral de aves e mamíferos dedicado a estratagemas tanto de caça como de defesa, dissimulações e esconderijos. Que é preciso comer e portanto caçar, é algo a que se é pulsionado por hormonas, cujo nome foi buscado ao verbo grego hormaô, sendo o seu sentido algo como ‘excitar para a guerra’, como as há de ordem sexual que empurram para o coito para bem da espécie. Tudo isto são invenções da evolução para fazer mal aos outros e bem a si (ou à espécie) e nós humanos herdámos-lhes artes de mãos e manhas, músculos de combate e velocidade de fuga, além de fêmeas sem cio que complicou mais as ‘maldades’ possíveis e até, inexplicável, a violência que diz o verbo ‘violar’. Acrescentámos ao novo córtex a linguagem multiplicadora das manhas, e esse combate permanente que implica a lei da selva foi transformado em lei da guerra, rivalidade sempre capaz de se acender em qualquer nível de alianças entre humanos, dentro das famílias, entre bairros e cidades, países e impérios. Sempre que houve invenções técnicas importantes, entre as primeiras aplicações vieram as armas.
4. Já Nietzsche dizia que “a Natureza é bela e cruel”, a sua lei, a lei da selva, é que o mal daquele que é comido é o bem daquele que o come. Seja dito de passagem que crer-se num Criador que assim criou a vida implica pensá-lo como destituído de bondade. Mas há um outro aspecto do Mal de origem anatómica, que releva da dimensão bastante grande das moléculas celulares que não cabem nos estreitíssimos vasos que trazem o sangue com a alimentação a cada célula, o que implica que o aparelho digestivo tenha que entregar ao sangue, nas paredes do intestino delgado, moléculas de carbono de dimensão adequada a esses vasos finais e que sirvam depois na célula de matéria prima para, sob tradução dos genes e seus ‘mensageiros’, sintetizar as proteínas, fabricar as moléculas mais complexas de que a estrutura da célula precisa. Ora bem, quero crer – deduzo eu, não li em sítio nenhum – que reside neste jeito das sínteses e na necessidade de enzimas para catalisar a formação das proteínas, que estas são relativamente frágeis e com tendência a desagregarem-se em moléculas menores, quero crer que reside aí a razão de ser da morte, por entropia (à Clausius) lenta que desfaz o que a entropia (à Prigogine) fabricou instavelmente, e razão provavelmente também de muitas doenças. Ao que chamamos ‘doença’, os franceses chamam ‘maladie’: o que para eles é ‘mal’, para nós é ‘dor’, sinal do mal que é dado pelos neurónios para que tentemos livrarmo-nos dele. E talvez se possa acrescentar que o chamado sofrimento moral, lutos e outros desgostos, seja uma espécie de sublimação tribal no novo córtex (a dor física será no antigo, necessária a qualquer vertebrado) que tem a ver com os impasses das estratégias de habitação, com rivalidades onde se esperavam alianças solidárias. Talvez.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

As condições gerais do movimento


            
1. Por um lado, o movimento em geral estava no coração da Physica de Aristóteles e o movimento local no coração da Física de Newton; por outro, as nossas sociedades actuais, em contraste com as sociedades agrícolas fortemente estáveis, são nelas mesmas movimentos permanentes dificilmente controláveis; ora, a filosofia actual parece ignorar o motivo do movimento, iludida com o tempo, como se este não fosse a medida daquele. Eis um paradoxo engraçado de pensar. A questão geral – a dos duplos laços – foi tratada num texto longo de Janeiro de 2016 no outro blogue, Filosofia com Ciências, aqui tratar-se-á duma abreviação, mas com variações, como se diz em música.
2. Há muitos tipos de movimentos, desde o movimento local marcado pela gravitação até aos movimentos dos vivos, das células aos organismos que crescem e morrem, das sociedades, das tribos às actuais hiper-complexas, das escritas, das linguagens e músicas aos filmes. De forma geral, para todos estes tipos de movimento – está aí a ambição inverosímil desta fenomenologia – qualquer movente, inerte ou alimentado (vivo ou máquina), implica como sua condição essencial que dois sectores seus ao moverem-se dependam de duas leis indissociáveis e inconciliáveis: não existem uma sem a outra – indissociáveis – e a sua diferença  impossível – inconciliáveis – é a razão de ser do movimento, entre o que o ‘causa’ (motor) e o que o ‘dirige para um fim’ (aparelho regulador). Tanto aquele como este são doação (fabrico e alimentação energética) da cena de circulação respectiva, cujas regras – heteronomia – se inscrevem neles segundo espécies diferentes (dimensão e complexidade da estrutura dos moventes) como regras da respectiva autonomia.
3. A cena (de reprodução e circulação) não existe enquanto ‘coisa’, ela é différance (Derrida) que reproduz os moventes: heteronomia da cena e autonomia de cada movente relevam das duas leis indissociáveis e inconciliáveis. Dito isto, é necessário acrescentar que há uma hierarquia das cenas, por assim dizer, cada uma sendo o desenvolvimento por evolução (por movimento histórico da cena terrestre) de outra cena mais geral: primeiro a da gravitação, a única da circulação dos outros astros, em seguida a da alimentação, dos vivos, unicelulares, vegetais e animais, depois a da habitação, das sociedades humanas com seus usos e línguas, onde enfim a da inscrição, dos textos, se desenvolveu no Ocidente permitindo a invenção de cenas das máquinas e da electricidade e das complexidades urbanas infindáveis.
4. Estas grandes quatro cenas não são arbitrárias, a sua generalidade diz-se no tipo de retiro que diz respeito aos ‘motores’ dos seus moventes. Gravitação: o retiro que é efectuado pelas forças nucleares no núcleo dos átomos (as partículas que hoje interessam os físicos não têm cena adequada, são pré-gravitação, creio) está na base de tudo o que se chama no Ocidente ‘matéria’ ou ‘substância’, sem o quê as outras cenas não seriam. Alimentação: o retiro que é efectuado do ADN no núcleo das células eucariótidas dos organismos (os unicelulares têm uma lógica ligeiramente diferente, creio). Habitação: o retiro que é efectuado pela privatização social (não em sentido jurídico moderno) nas unidades locais de habitação, distinguindo estas entre si como capazes de alianças e de rivalidades. Inscrição: o retiro do alfabeto nas escritas indo-europeias que tornou possível a invenção da definição pela escola socrática de filosofia e a teorização da geometria por Euclides, estas duas invenções tendo-se aliado na invenção do laboratório científico por Galileu, Newton e seus contemporâneos. As invenções decisivas para o que se chamou revolução industrial têm dois nomes sobretudo (que ficaram nas unidades de electricidade wattes e voltes), o do inglês James Watt, que, em 1776, inventou uma máquina capaz de movimento devido a ser igualmente governada por duas leis indissociáveis e inconciliáveis, o que lhe dá autonomia relativa em relação a pilotos e lhes poupa energia muscular, o do italiano Alessandro Volta que, em 1800, inventou a pilha como armazenamento de electricidade e em consequência inventou a corrente eléctrica, que veio a revelar-se preciosa quase um século mais tarde, entre outras coisas, para a alimentação de máquinas. Se lhe acrescentarmos o nome de Guttenberg que industrializou o fabrico de livros alfabéticos que permitiram a escola para toda a gente e a invenção anterior do dinheiro e bancos, teremos os principais elementos das sociedades contemporâneas ultra-cosmopolitas.
5. A grande dificuldade é que estas cenas dependem das especializações científicas, física-química, biologia, c. sociais e linguística, mas nesta nossa actualidade elas imbricam-se na análise dos moventes de forma desafiadora. Basta evocar os tipos de espécies de cada cena e como são inumeráveis. F-Q: os átomos são pouco mais de uma centena segundo a Tabela Periódica de Mendeleiev, consoante o número de protões do núcleo, este assegurando a impenetrabilidade do átomo, que se pode unir a outros átomos diferentes por via dos electrões (reguladores químicos) de uns e de outros que se combinam em alianças ou transformações químicas, formando uma infinidade de moléculas possíveis, minerais e orgânicas, consoante as condições de pressão e temperatura. Nas condições da nossa força de gravidade, grande lei da heteronomia da Terra, que torna impossível a explosão espontânea dos átomos, a impenetrabilidade deles diz a sua lei de autonomia enquanto moventes: inertes, serem deslocados pela gravidade e transformados quimicamente quando o contexto próximo o favorece[1]. Biologia: nas inumeráveis espécies de organismos animais, o sistema da nutrição e respiração que, pelo sangue, vai a todas as células, é o motor de energia e de ‘matéria prima’, o sistema da mobilidade – órgãos perceptivos, cérebro e hormonas, músculos – é o regulador na cena ecológica, que busca comida e abrigo de predadores. As duas leis são a da selva, comandada pelo ciclo bioquímico do carbono que, heteronomia, comanda os animais a comerem outros vivos para satisfazerem a sua auto-reprodução ou autonomia. Como um Banco francês que nos anos 60 dizia que “para ser franco, o seu dinheiro interessa-me”, também algum tigre dirá a um veado que as suas moléculas de carbono lhe interessam, para as fazer moléculas dele, que não tem outra maneira na selva de sobreviver. Linguagem: inumeráveis línguas e muito mais textos e discursos, cada tribo tendo a sua lei de verdade que qualquer indígena tem que aprender, sendo corrigido dos erros e castigado das mentiras, o que leva cada um a aprender a pensar duas vezes antes de falar, a dissimular o que lhe vem autonomamente à cabeça e a elaborar alianças e estratégias com este ou aquela e afrontamentos rivais com um terceiro. Neste jogo oral, por exemplo mais acessível, os paradigmas das palavras e das frases são os mesmos para todos, a língua como heteronomia, a esperteza de cada um será a habilidade em jogar com essas regras para marcar a sua autonomia face às dos outros, uma reflexão equivalente se podendo fazer em relação aos usos sociais e à reputação que se ganhe socialmente com ela. Sociedade: as duas leis, indissociáveis – de aliança – e inconciliáveis – de rivalidade ou guerra – explicam o movimento das sociedades, em cada  unidade local, desde as tribos ao comércio e guerras mundiais, interessando-nos aqui o das suas transformações históricas, além portanto da sua reprodução quotidiana e segundo a sucessão de gerações. O retiro social das unidades locais, que faz delas o motor do movimento, com laços linguísticos, de troca e políticos a garantirem o equilíbrio possível face às duas leis, esse retiro caracteriza o movimento das unidades pelo paradigma dos seus usos (generalizo a descoberta de Khun a qualquer unidade social), que diz respeito a todos os indígenas dessa unidade que aprenderam alguns desses usos e os exercem com habilidade maior ou menor, consoante a sua complexidade. Essa correlação entre paradigma e aprendizagem tem como consequência o carácter conservador do paradigma, a sua resistência à inovação e portanto à transformação social. Basta pensar nos nossos computadores, extraordinárias máquinas de escrever (para quem conheceu as anteriores e o papel químico para ter cópias), lembrar os incómodos que foram durante meses o termos que aprender os mecanismos deles até o fazermos espontaneamente, desconforto que retoma quando mudamos de modelo. Os mitos das tribos selvagens, sujeitas ainda à lei da selva com os outros mamíferos e árvores, têm como função opor-se a inovações (Lévi-Strauss), essas sociedades são “contra o Estado” (P. Clastres). Qualquer inovação sentida como ameaça (revolucionária) encontra pois resistência dos usos do paradigma, aparecendo vinda doutros como sendo da lei da guerra (Galileu e o Vaticano), até que a aliança a integre nos paradigmas. As  crises, mais ou menos prolongadas e os conflitos de gerações, relevam desta oscilação histórica, sendo as transformações dos costumes do ano mítico de 1968 e da década seguinte um caso singular, que foi fabuloso de viver.
6. Olhando agora para a história do pensamento ocidental, começa por ser impressionante que os grandes textos que o lançaram, os de Platão, tenham sido contra o movimento, a geração e a corrupção, ou seja o nascimento e a morte, os dois limites dos moventes, sendo vituperados e a imutabilidade das Formas ideais exaltada, a eternidade (que por sua vez vituperava Levinas, na outra ponta, judaica e não grega) contra a história que não passou do nível mais baixo, o do ‘acidente’, do particular não susceptível de ciência, no seu discípulo Aristóteles, ele que reabilitou o movimento no coração do saber na sua Physica: a ousia – primária, a substância (particular) e secundária, a essência (espécie), foi o motivo que permitiu pensar o movimento como mudança da ‘substância’. Se, como o mestre, deu importância à Geometria, não pensou todavia o espaço, mas apenas o lugar, pensou o tempo como medida do movimento mas a tradição platónica cristianizada que nos veio menosprezou um e outro por privilégio da eternidade, até ao Aquino. A Física de Newton, do movimento herdado da Physica, em que o crescimento dos vivos era predominante, reteve apenas os movimentos mensuráveis, recuperou da Geometria o espaço, a medida das distâncias entre lugares (‘metro’: medida), como poderia ter sido definido, e introduziu nela o tempo e os relógios que o medem, e ainda as forças fora das ‘substâncias’, inertes estas em suas massas, de que só conhecemos as medidas, matematizadas em equações que tornarão possível as técnicas que virão. Início da ‘des-substancialização’ do pensamento que, por via husserliana implícita (a consciência como não ‘substância’ e a redução do mundo empírico na percepção), Heidegger herdou e depois, com a linguística estruturalista, a desconstrução de Derrida. Ora, esta ciência reformulada pelo suiço Ferdinand de Saussure conseguiu recuperar a linguagem como jogo de diferenças que o pensamento latino, ao traduzir o grego logos duplamente, como ‘ratio’ e como ‘verbum’ ou ‘oratio’, reduzira a instrumento (organon, a lógica aristotélica) da ‘cogitatio’, do próprio pensamento: só no século XIX a Filologia começou a preocupar-se com os movimentos das cópias dos textos antigos e a fazer edições criticas, enquanto que a Linguística comparativa estudava os movimentos de transformação das línguas indo-europeias, donde virá Saussure e a nossa compreensão de que o pensamento é de palavras e sintaxe que é feito, em cada língua, que a razão universal tem na tradução um escolho de monta. A ‘substância’ aristotélica resistiu fortemente, na Biologia, sob forma de ‘vitalismo’, até que a bioquímica das moléculas trouxe a fecundidade que se sabe às ciências do movimento dos vivos. As ciências das sociedades ainda hoje padecerão de não darem o lugar devido às estruturas dos usos e seus movimentos de reprodução para se libertarem da ‘substância’ populacional com que definem sociedade. Quanto aos físicos modernos, fizeram do espaço e do tempo, como dizer? O espaço-tempo que se encurva é uma coisa real ou uma coisa geométrica? Em tudo o que nos deram a conhecer, há uma teoria do movimento? Quero dizer, que dê para pensar fora dos laboratórios os movimentos daquilo que vemos e tocamos e sabemos, das coisas e dos carros, dos vivos e das sociedades humanas, das suas linguagens e de cada humano em seus contextos? É a lição de Prigogine que lhes creio ainda estrangeira, a do tempo irreversível, histórico: algo de aristotélico resiste neles, ó físicos?


[1] A lei da atracção de Newton diz que dois sólidos quaisquer devem atrair-se um ao outro, como fazem os ímanes, na proporção directa das massas e inversa do quadrado das distâncias. Aparentemente, a força da gravidade da Terra é forte demais para que essa atracção se exerça como movimento. Mas sendo verdade o que dizia no início dos anos 60 Feynman, que não compreendemos ainda a força de atracção da gravidade, pode-se pensar que esta questão está em aberto, possivelmente sem que ninguém competente se preocupe com ela. Talvez haja um ‘einstein’ anónimo a trabalhar nisso...